quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Bate nele, Rubinho!

Bom, como todo brasileiro, nós do VN também estamos torcendo pelo Massa. Sabemos que levantar a taça e tirar a poeira do nosso velho tema da vitória cravado nos nossos corações pelo nosso eterno herói Galvão Bueno Ayrton Senna não será uma tarefa fácil para o pequeno literato.
Por isso também fazemos parte da campanha ''Bate nele, Rubinho'', na esperança de que o pé de chinelo dê aquela mãozinha pro Felipe.
Na publicidade existe um conceito chamado ''Uso da autoridade'', que ocorre quando uma campanha faz uso de um depoimento ou imagem de um perito naquela área para dar credito à ela.
Então, o buzz fez uso dessa ferramenta na campanha do "Bate nele, Rubinho'' trazendo ninguém mais ninguém menos que o mestre, o inigualável, o inenarrável, o malemolente zagueiro-zagueiro Odvan para mostrar como se faz.



Imagem logicamente lá do Buzz


E, como recordar é viver, kibemos - do buteco - a trasncrição do diálogo do nosso querido Rubens Barichello no fatídico dia em que teve que deixar o alemão passar. O dia em que o operador de som da globo quase soltou o tema da vitória só de sacanagem, ou, se preferirem, o que o Luis Roberto Cleber Machado quase narrou uma corrida com o tema da vitória.

O diálogo é retratado pelo jornalista Lamyr Martins em seu livro "Histórias, lendas, mistérios e loucuras da Fórmula 1".

Abaixo, o vídeo do fatídico GP da Áustria:




"Chega a ser engraçado, mas o trecho do livro descreve:

VOZ 1 - Jean Todt, então chefe de equipe da Ferrari
VOZ 2 - Rubens Barrichello, piloto da Ferrari
VOZ 3 - Karl Scheister, procurador-chefe da Ferrari
VOZ 4 - Idely, mãe de Barrichello
VOZ 5 - Michael Schumacher, piloto da Ferrari

Inicio da Conversa

VOZ 1: Rubens, você está pilotando muito bem, otimamente, continue com o bom trabalho. Faltam 5 voltas, agora

VOZ 2: Obrigado, Jean. O carro está excelente, realmente muito bom hoje. Eu nem sei como agradecer a vocês. Diga a minha mãe que eu vou dar-lhe o melhor Dia das Mães da sua vida.

VOZ 1: É bom ouvir isso, Rubens. Ela está adorando assistir à corrida conosco. Eu irei passar para ela. Ela está muito orgulhosa! Ouça, você se importaria de desacelerar um pouco e deixar Michael ganhar?

VOZ 2: Obrigado por dizer a ela, Jean. Ela ficará tão feliz. Vocês são os melhores, simplesmente os melhores! [estática, intelegível]

VOZ 1: Ah, nós também te admiramos, Rubens. Você tem sido de grande ajuda para a equipe. Michael também acha. Faltam 4 voltas agora. Ah, a distância de Michael ainda é de 3 segundos.

VOZ 2: Tá bom

VOZ 1: Ah, Rubens, acabamos de falar com Michael novamente. Ele diz que a distância ainda é de 3 segundos.

VOZ 2: Que ótimo! Nós teremos 1º e 2º! Obrigado, meu Deus! Incrível! [sons de choro ouvidos pelo rádio]

VOZ 1: Tá bem, Rubens, faltam só 3 voltas agora. Nós precisamos fazer um ajuste na tática, garotão.

VOZ 2: [ainda chorando] Claro Jean! O que você disser! Como está o meu combustível?

VOZ 1: Não se preocupe, o combustível é suficiente. Ouça, só uma pequena mudança na tática. Nós queremos que Michael ganhe.

VOZ 2: (risos) Não me façam rir, gente, eu quase errei a freada na curva Lauda. Obrigado por quebrar a tensão. Eu aprecio isso. Vocês são os maiores!

VOZ 1: Ah, Rubens. Eu não estou brincando.

VOZ 2: [estática, intelegível]

VOZ 1: Você me entende, Rubens?

VOZ 2: [mais estática, intelegível]

VOZ 1: Rubens, a gente já passou por essa rotina antes. Não vamos passar por isso novamente.

VOZ 2: Sim, entendido. Eu achei que você tivesse me dito para me curvar e assumir a traseira de Michael de novo, seu sapo francês magrelo.

VOZ 1: Rubens, agora não seja assim. Faltam 2 voltas agora, ele está bonito.

VOZ 2: Não é justo! Ele já ganhou um zilhão de vezes, e eu só uma vez, e só porque vocês pagaram a Mercedes para usar aquela placa idiota e correr pela pista depois que o garoto Mickey se ferrou.

VOZ 1: Rubens, não tenho idéia do que você está falando. Eu tenho alguém que quer falar com você. É Karl Scheister, o procurador-chefe da nossa corporação.

VOZ 3: Oi, Rubens. Grande corrida!

VOZ 2: Se manda, seu incorporado doente [opa!]

VOZ 3: Você está terrível, muito bem! Ouça, eu estou lendo o seu contrato agora Rubens, e eu cito, "considerando a parte primeira" - que é você, por acaso - "deveria ultrapassar o carro principal do grupo da parte segunda" - que somos nós, significando Michael e a Ferrari - "e recusar as ordens da equipe para corrigir a situação, a parte primeira estará sujeita a penalidades, o que inclui a perda total do salário..."

VOZ 2: Eu não ligo!

KS: "perda de direção..."

VOZ 2: Que seja!

VOZ 3: "...e a transferência de 'Lulu', canina mestiça pertencente à primeira parte e atualmente sob porte da segunda parte, para uma terceira parte inominada permanentemente".

VOZ 2: Seus desgraçados!! Eu ainda vou levar essa para casa! Eu mereço essa vitória!!

VOZ 1: Rubens, eu tenho mais alguém que gostaria de conversar com você, falta 1 volta, cara. A pressão do combustível está boa.

VOZ NÃO IDENTIFICADA 4: Rubens?

VOZ 2: Mãe?

VOZ 4: Rubens, eu estou com medo. Não consigo enxergar e não sei para onde eles me levaram. Meus pulsos doem! Deus me ajude! [sons abafados]

VOZ 2: Mãe? Mãe!! Seus desgraçados!! Seus doentes, doentes desgraçados!!

VOZ 1: Rubens, Michael está perguntando o que está demorando tanto. Falta 1 volta, cara.

VOZ 2: Está bem!! Está bem!! Vocês venceram!! Vocês venceram!! Só não machuquem a mamãe. E eu quero a Lulu de volta quando a temporada acabar.

VOZ 1: Sem problemas, cara. O Dia das Mães só ocorre uma vez por ano.

VOZ 2: Obrigado Deus... [sons de choro foram ouvidos]

VOZ 1: E um contrato é um contrato.

VOZ 5: Uhhhhhuuuuu!!!!! Eu ganhei!! Eu ganhei!!

VOZ 1: Grande corrida, Rubens.

VOZ 2: Ah, calem a boca, seus tagarelas...

Fim da transmissão.

De acordo com o Globoesporte.com, Rubinho riu e disse que a história é absurda:

- Foi a coisa mais hilária que já li nos últimos tempos. Eu tenho aquela transcrição e estou guardando para colocá-la no meu livro. Deve ser cópia de uma brincadeira que fizeram na internet, porque não tem um pingo de verdade naquilo. Tenho dó da pessoa que teve coragem de publicar isso, principalmente vindo do Lemyr, que sempre me pareceu muito sério. Foi uma brincadeira de criança - diz Barrichello."

Já tomou uma no buteco hoje?

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